Plano Nacional de Vacinação

O novo Programa Nacional de Vacinação (PNV), que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2017 trouxe algumas novidades: a vacina contra a Meningite B passou a ser gratuita para crianças com défice de imunidade; as grávidas vacinadas contra a tosse convulsa para protecção do bebé e as vacinas a administrar aos 2 e aos 6 meses passaram a ser dadas em simultâneo, entre outras.

VACINA CONTRA A MENINGITE B GRATUITA PARA CRIANÇAS COM DÉFICE DE IMUNIDADE

A vacina contra a Meningite B passou a ser administrada gratuitamente a crianças que, por razões clínicas, têm défices de imunidade com o objectivo de proteger as crianças muito doentes e que, por isso, apresentam maior risco de ter uma meningite mais complicada que uma criança sem complicações clínicas. A vacina será administrada nos serviços de pediatria ou nos postos de vacinação mediante prescrição médica.

Esta vacina, cujo número de doses necessárias, três ou quatro, depende da idade da criança, passou a ser gratuita para este grupo de crianças.

VACINAS A ADMINISTRAR AOS 2 E AOS 6 MESES PASSARAM A SER DADAS EM SIMULTÂNEO

Outra novidade consiste na junção de vacinas do programa a administrar aos 2 e 6 meses de idade. As crianças passaram a receber uma vacina hexavalente, na qual constam a protecção contra a hepatite B, a “Haemophilus influenzae” tipo B (Hib), a difteria, o tétano, a tosse convulsa e a poliomielite.

VACINA CONTRA O CANCRO DO COLO DO ÚTERO MAIS EFICAZ E MAIS CEDO

A vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (VPV) – contra o cancro do colo do útero – é agora mais abrangente e eficaz e administrada mais cedo, aos 10 anos de idade (anteriormente era recomendada para entre os 10 e os 13 anos).

A nova vacina tem uma eficácia superior a 90% contra o cancro do colo do útero, contra os cerca de 75% da vacina usada anteriormente. Assim, esta vacina passou a ser administrada em simultâneo com o reforço do tétano e da difteria.

VACINA DO TÉTANO COM INTERVALOS MAIORES

A administração da vacina contra o tétano também sofreu alterações, com maiores intervalos, passando a ser tomada aos 10, 25, 45 e 65 anos. Após os 65 anos, os intervalos entre tomas voltam aos 10 anos.

VACINA CONTRA A TUBERCULOSE – BCG – DEIXA DE SER UNIVERSAL

O novo Programa Nacional de Vacinação prevê também o fim da vacinação universal com a BCG contra a tuberculose, sendo que apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região, com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto).

Para além das vacinas do Programa Nacional de Vacinação, a criança poderá receber outras vacinas, cujo custo financeiro é suportado pelos pais, e que são prescritas pelo pediatra.

 GRÁVIDAS VACINADAS CONTRA A TOSSE CONVULSA PARA PROTECÇÃO DO BEBÉ

As grávidas passaram a poder ser vacinadas contra a tosse convulsa para proteção do seu filho até aos 2 meses de idade, altura em que este recebe a vacina. Através da vacinação da mãe, os anticorpos contra a tosse convulsa chegam ao bebé ainda durante a gestação, protegendo-o até à idade da vacinação contra a tosse convulsa.

A vacinação da mãe deverá ocorrer por volta da 20ª semana de gestação e, a partir de janeiro de 2017, o seu custo passou a ser suportado pelo Estado.

O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é um programa universal, gratuito e acessível a todas as pessoas presentes em Portugal.

Fonte: Serviço Nacional de Saúde