É uma pena que o sono – ao contrário do cansaço – não seja cumulativo. Desde o momento em que o bebê nasce, a quantidade de horas dormidas por noite cai vertiginosamente – e os pais, é claro, sentem os efeitos dessa privação.
Para ter uma noção mais exata do déficit, a empresa britânica Hilarrys criou uma calculadora do sono. Colocando as idades dos seus filhos, a ferramenta faz uma estimativa, baseando-se em pesquisas, de quantas horas pais e mães já perderam de sono desde que as crianças nasceram. E mais: computa quanto isso equivale em dias e meses – o que, acredite, só aumenta o desespero.
O pediatra Gustavo Moreira, membro da Associação Brasileira do Sono, explica que a restrição de horas dormidas pode causar uma série de efeitos colaterais, entre eles alterações de humor, de atenção, maior risco ao lidar com máquinas – dirigir um carro, por exemplo –, diminuição da capacidade de controle fino e sonolência excessiva. “É possível melhorar a sensação de cansaço com substâncias estimulantes, como o café. Mas ainda que isso dê uma impressão de bem-estar, não melhora os outros efeitos da falta de sono”, alerta Moreira.
Lembre-se de que não é só seu filho que precisa de um número mínimo de horas dormidas por noite. Os adultos precisam repousar, em média, 8 horas por dia, variando 2 horas para mais ou para menos, de acordo com o organismo de cada um. “Para saber qual é o seu período ideal, conte quantas horas você dorme nas férias. Não nas primeiras semanas, quando ainda está compensando o cansaço, mas depois de ter recuperado o pique”.
E então, quantas horas de sono já perdeu mamã?