Ter um Irmão…

Eles zangam-se, quase sempre, mas amam-se, sempre!

Fala-se muito em amor de mãe, de avós, de tios mas hoje vou falar-vos de um amor não menos avassalador, que é, incrivelmente forte (tanto que às vezes até faz chorar de alegria), que é o amor entre irmãos.

Tenho 34 anos e foi há vinte e oito anos que completei metade de mim, que até então existia solitária: um irmão. Na altura não percebia qual seria o impacto da chegada de um irmão, do MEU irmão. Queria muito um irmão, pedia vezes sem conta aos meus pais, mas na verdade eu não sabia o que estaria para vir. Afinal, eu era apenas uma criança que tinha acabado de entrar na primária,  preocupada em aprender a ler, escrever e brincar.

Na verdade, posso dizer que o amor que nos une equipara-se ao amor de mãe. O sentimento maravilhoso de se ter um irmão é imenso e cresce dia após dia. Nada o pode destruir. Podem existir zangas, gritos ( e eu grito muitas vezes).. de alegria, de ansiedade, de fúria! Mas acima de tudo, são gritos de uma grande cumplicidade.

E todo este amor arrebatador fez-me ter a certeza de que, sendo mãe uma vez, teria de voltar a ser, sem dúvida, pelo menos, uma segunda; não poderia deixar de dar à minha primeira filha a melhor herança de todas, um IRMÃO!

Ter um irmão é:

Ter companhia para as brincadeiras; ter alguém que nos ajude a aprender a andar de bicicleta; alguém que nos ouve; alguém que nos diz as verdades (por muito que custem a ouvir); alguém com quem nos zangamos constantemente mas, mesmo assim, será para o resto da vida o nosso melhor amigo; ter um protector para o resto da vida; ter um guardião das nossas melhores recordações; uma bênção; ter uma ligação para a vida, uma dádiva de Deus; e, acima de tudo, ter um amigo para SEMPRE!

Obrigada querido irmão por me fazeres rir  muito, chorar ainda mais e amar sem fim.