Sentar, gatinhar e andar: cada bebé com o seu ritmo

Uma das fases mais marcantes do desenvolvimento motor da criança é quando ela consegue sentar-se sem apoio. Isso ocorre por volta dos 6 meses de idade e a criança passará a ver o mundo de outra forma. O seu horizonte aumentará em muito. Em torno dos 9 meses, a criança vai começar a gatinhar. Pela primeira vez, a criança conseguirá, sozinha, deslocar-se, saindo do lugar. Depois de gatinhar, a criança começará a segurar nos objectos e ficar de pé. Aos poucos, arriscará um passinho, segurando em algo. Finalmente,  soltar-se-à e dará o seu primeiro passo, por volta de um ano de idade.

Essas idades são apenas referências e não devem ser consideradas como um prazo fixo. Cada criança é diferente e única. Uma criança que se senta com 5 meses e pouco não é mais adiantada do que outra que vai sentar-se com 7 meses. Simplesmente são diferentes. Nenhuma é adiantada ou atrasada. Cada uma tem seu ritmo e tempo. Assim, algumas crianças começam a gatinhar antes dos 9 meses, outras depois. Algumas gatinham por muito tempo, outras começam a andar pouco tempo depois de gatinharem.

É muito importante que os pais aceitem que os seus filhos possuem um ritmo próprio. O estímulo que podem fazer deve ser coerente com a habilidade do filho. Não adianta querer antecipar ou acelerar uma etapa. Tudo começa com colocar o bebé acordado de bruços para brincar. Esse é o melhor estímulo para o bebé. Depois, sentado no carrinho ou apoiado em almofadas, até que se sente. Deixá-lo sentado numa superfície firme, mas macia, é importante para que arrisque alguns movimentos, inclusive, cair para a frente e para trás!

Quando o bebé começa a querer gatinhar, os movimentos nem sempre são coordenados e, não raro, gatinha para trás, antes de conseguir gatinhar para a frente. Uma tentação a ser evitada é agarrar o bebé pelos braços para “estimular” que ande. Deixe que ele mesmo se segure nas coisas e quando estiver realmente hábil nesse caminhar, aí sim, alguns passinhos podem ser dados segurando-o pelos braços. O importante é lembrar de tirar do caminho tudo que o bebé pode puxar e aleijar-se, como um fio de abajour ou coisas em cima de mesas que possa alcançar. Quinas de móveis passarão a ser uma ameaça constante, bem como tomadas descobertas. Com a maior mobilidade do bebé, aumentam as necessidades de medidas que previnam acidentes. Os pais devem tentar olhar para o ambiente a partir da perspectiva da criança e detectar os potenciais “perigos”, tomando as medidas para evitá-los.

Se os pais estiverem preocupados com o desenvolvimento motor de seu bebé, o melhor que podem fazer é consultar o pediatra. Não devem ter vergonha de perguntar nada. É melhor perguntar a quem realmente detém um conhecimento e pode efetivamente tranquilizá-los, do que ouvir opiniões “alarmistas” ou conviver com uma dúvida que corrói.

Também irás gostar de: