Melancolia Pós-Parto ou “Baby Blues”

Nove meses de espera, a chegada mais que esperada, um bebé lindo e com saúde nos braços, tudo perfeito… Como explicar então a tristeza que tantas mulheres sentem no início do pós parto? Você pode estar a viver o baby blues, um misto de tristeza e exaustão muito comum no pós parto.

O baby blues atinge cerca de 80% das mães. É importante conhecer os sintomas e saber diferenciar da depressão pós-parto. A depressão pós-parto, por sua vez, atinge cerca de 10 a 15% das novas mamãs.

Como diferenciar o baby blues da depressão pós-parto?

Enquanto o baby blues é passageiro, causado apenas pelas alterações hormonais bruscas que a mulher sofre no pós-parto e não precisa de nenhum tratamento, a depressão tem antecedentes – ou seja, não é ocasionada pela gravidez ou pelo nascimento da criança – e precisa de acompanhamento médico, inclusive com tratamento químico.

Quais os sintomas do baby blues?

  • Impaciência.
  • Choro.
  • Tristeza.
  • Irritabilidade.
  • Ansiedade.
  • Fadiga.
  • Variações de humor.
  • Insónia (mesmo no tempo em que o bebé está a dormir).
  • Reduzida capacidade de concentração.

Quanto tempo dura?

Os sintomas de “baby blues” ocorrem normalmente uns minutos ou algumas horas por dia (nos momentos de maior stress). Estes sintomas devem diminuir e desaparecer cerca de 14 dias após o parto.

Dá para evitar?

No caso do baby blues, como ele é desencadeado pelas hormonas, simplesmente não dá para se prevenir. É como a tensão pré-menstrual: algumas mulheres têm vários sintomas e outras não. O que pode ser feito, antes ou durante a gestação, é procurar informações e conversar sobre o assunto com a família. Assim, caso aconteça, todos já sabem do que se trata e fica mais fácil ultrapassar esta fase.

Já a depressão pós-parto pode – e deve – ser evitada. Se a mãe já sofreu de doenças parecidas ou se passa por uma situação stressante, que possa desencadear o problema, ainda durante a gravidez, ela, o médico obstetra, o parceiro e a família devem ter cuidado redobrado e acompanhar possíveis alterações comportamentais de perto.