A ALIMENTAÇÃO aos 6 MESES
A alimentação complementar desenvolve a capacidade de mastigação e de deglutição e o gosto por novos sabores, cheiros e texturas. Se o seu bebé tiver menos de 6 meses, deverá informar o pediatra para que a ajude a decidir se deve ou não proceder à introdução de alimentos sólidos.
A ALIMENTAÇÃO DE UM BEBÉ DE 6 MESES
Com 6 meses inicia-se uma nova fase na alimentação do bebé. As reservas de ferro (fundamental no transporte de oxigénio no sangue e no bom funcionamento do sistema imunitário) acumuladas durante o período pré-natal começam a esgotar-se. O bebé também precisa de outros nutrientes que lhe forneçam energia para crescer e que não se encontram no leite materno. Contudo, este continua a ser uma importante fonte de calorias, nutrientes e agentes protectores aconselhando-se, por isso, que a mãe continue a amamentar.
Os primeiros alimentos a introduzir são o creme de legumes ou a papa de cereais sem glúten (proteína presente em alguns cereais como o trigo, a cevada ou o centeio, e que pode provocar intolerância se introduzido muito cedo na dieta do bebé desencadeando a doença celíaca). As primeiras papas aconselhadas são as de arroz e/ou milho. Os primeiros alimentos devem ser oferecidos à colher e não no biberão.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a introdução da alimentação complementar é uma fase delicada para a saúde do bebé. A deficiente introdução de alimentos pode colocar a criança em risco nutricional uma vez que os alimentos oferecidos podem:
- Não ser os mais adequados à idade da criança.
- Não satisfazer as suas necessidades nutricionais da criança.
- Não conter os micronutrientes essenciais ao desenvolvimento como o zinco, ferro, vitamina A ou vitamina B6.
Para além da adequação dos alimentos à idade e fase de crescimento da criança, devem ser introduzidos de forma lenta e gradual. Uma dieta simples, diversificada e rica em vitaminas, minerais e fibras, é essencial para a promoção de bons hábitos e para a saúde do bebé.
O CREME DE LEGUMES
- De confecção simples, feito com cenoura e/ou abóbora e uns grãos de arroz.
- Cerca de 20 semanas depois, intercalar o arroz com a batata.
- Não adicionar sal.
- Adicionar um fio de azeite em crú, no prato.
- Gradualmente introduzir outros legumes, tenros e fáceis de digerir (alface, couve-branca, penca) proporcionando, também, a prova de novos sabores.
- Introduzir um novo legume de cada vez, com um intervalo de cerca de 3 dias para facilitar a deteção de possíveis intolerâncias.
- Ao longo das semanas, aumentar a consistência do puré.
A PAPA
- Começar com uma papa de consistência fina que se aumenta gradualmente.
- Não adicionar açúcar.
- Oferecer à colher e não no biberão.
- Preparar a farinha não láctea com leite materno. Se tal não for possível, usar o leite com a fórmula para lactente.
- Respeitar a quantidade de farinha recomendada para a quantidade de leite (aumentar a quantidade de farinha não favorece a digestão nem promove um melhor crescimento do bebé).
O QUE OS PAIS DEVEM SABER:
- A introdução dos alimentos complementares deve lenta e gradual mantendo-se a amamentação até os 2 anos ou mais.
- Com a introdução da alimentação complementar é importante oferecer água (engarrafada ou esterilizada) ao bebé nos intervalos das refeições, em pequenas quantidades.
- A introdução de novos alimentos exige aprendizagem e adaptação a novas texturas e sabores sendo por isso natural que alguns bebés recusem os alimentos e precisem de algum tempo para se habituar à nova dieta.
- Confie no apetite do seu bebé, valorizando os sinais de saciedade.
- Nas 2 primeiras semanas, pode substituir-se o almoço por um creme de legumes. As restantes refeições do dia são constituídas por leite materno e/ou leite de transição.
EXEMPLO DAS REFEIÇÕES DIÁRIAS DE UM BEBÉ DE 6 MESES:
- Pequeno-almoço: peito ou leite de transição.
- Lanche da manhã: peito ou leite de transição.
- Almoço: creme de legumes.
- Lanche: peito ou leite de transição.
- Jantar: peito ou leite de transição.
- Ao deitar: peito ou leite de transição.
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